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Vereadores cobram explicações do Município sobre Med Kos

Secretária de Saúde diz que só depende de processo seletivo para dispensar empresa

 Vereadores canoinhenses demonstraram preocupação e cobraram um posicionamento por parte da prefeitura diante das acusações envolvendo a Med Kos, empresa que administra o serviço de plantão médico no Pronto Atendimento Municipal (PA). 

A empresa é acusada de contratar falsos médicos e colocá-los em atividade utilizando carimbos falsos. A Med Kos ainda teria, segundo investigações policiais, superfaturado em cima dos contratados. Somente a prefeitura de Canoinhas pagou R$ 1,6 milhão à empresa no ano de 2013.
Um falso médico foi encontrado atuando no PA de Canoinhas no final do ano passado. Outro foi flagrado em Papanduva, onde a empresa também prestava serviço de plantão médico.  Anderson Rezende, médico e proprietário da empresa, está foragido da Polícia. 
Para o vereador Wilmar Sudoski (PSD), a secretaria municipal de Saúde precisa apresentar uma resposta definitiva e esclarecedora à população. “Esta empresa (Med Kos) está estampada nas manchetes em nível nacional e, indiretamente, o município de Canoinhas está envolvido pelo fato de aqui ter atuado um médico não habilitado”, falou durante a sessão ordinária de terça-feira, 22. 
O vereador, por meio de requerimento, está solicitando informações junto ao prefeito Beto Faria (PMDB) e à pasta da Saúde. No documento, ele quer saber quais providências estão sendo tomadas para que o contrato de prestação de serviço seja rescindido e quais medidas serão adotadas para que os atendimentos no PA não tenham prejuízo. 
Vereadora Cris Arrabar (PT) disse que o município já deveria ter se pronunciado e feito a rescisão do contrato desde que o falso médico foi flagrado atuando no PA de Canoinhas. “Quem somos nós para questionar procedimentos médicos, mas, só no período em que esta empresa está administrando os plantões, quantas reclamações já ouvimos sobre a conduta duvidosa de alguns profissionais”, ressaltou. 
A vereadora ainda defendeu a vinda da secretaria Telma Bley até a Câmara. “Nesse caso seria interessante a secretária vir aqui e explicar para nós quais atitudes foram tomadas desde o primeiro momento, afinal são vidas de pessoas que foram colocadas em risco”, finalizou. 
 
EMPRESA FOI COMUNICADA DA RESCISÃO
Telma e o departamento jurídico da prefeitura se reuniram na semana passada com a procuradora da Med Kos, Sandra Finato, mãe da esposa de Anderson, Karin Finato de Rezende, que também está foragida da Justiça.
Segundo Telma, a procuradora veio a Canoinhas para pagar os salários dos plantonistas e rever a escala de plantões. Ela foi comunicada da rescisão do contrato durante a reunião solicitada pela secretária. “O setor jurídico da prefeitura está acompanhando o caso minuciosamente. Estão em tramitação as providências necessárias para a realização do teste seletivo. O projeto já foi para a Câmara de Vereadores”, informou Telma.
A secretária diz que o contrato ainda não foi rompido porque o serviço está sendo prestado normalmente em Canoinhas. “Também dependemos da sequência das investigações e de uma possível manifestação do Ministério Público”, afirmou. Ela garantiu, no entanto, que, assim que o processo seletivo for concluído, a Med Kos será dispensada. 
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